sábado, dezembro 19

Momento 4 - Um bom caminho se faz com boas ferramentas



Ambientes virtuais de Aprendizagem:
O desafio de novos traçados na produção do conhecimento como criação


(Marilú Medeiros, Gilberto Mucilo de Medeiros, Joyce Munarski Pernigotti, Rubem Mário Figueiró Vargas, Anamaria Lopes Colla, Maria Bernadette Petersen Herrlein, Beatriz Tavares Franciosi)


Este trabalho desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS é um projeto inovador que visa ampliação, agilidade e socialização do conhecimento, através de ferramentas virtuais que possibilitem agenciamento de novos processos de aprendizagem em novos espaços de cesso comum e simultâneo.
É um processo construído com tecnologia de ponta e aloés humanas privilegiadas objetivando não só a formação de alunos como também de professores e profissionais envolvidos na instauração de uma EAD desafiando o paradigma da processualização do virtual.
Para isto, a PUCRS constituiu uma equipe interdisciplinar e uma plataforma de suporte, utilizando estrutura tecnológico-pedagógica apoiada nas ferramentas das telecomunicações, para facilitar e agilizar o acesso da estrutura de aprendizagem e a comunicação simultânea entre os participantes.

Ambientes virtuais como aliados na aprendizagem
(Núbia Schaper Santos)
Neste trabalho, são mostrados e detalhados os ambientes virtuais disponibilizados como ferramentas para a auto-aprendizagem e o estudo on line, conceituação e utilização.
Todas estas ferramentas têm como ponto alto a interação e otimização das relações, apesar da distância física existente.
Algumas ferramentas:
- Blog - Funciona como um diário virtual onde os participantes/usuários deixam seus recados, seus pensamentos, suas experiências. Um usuário não consegue editar/alterar o conteúdo já existente.
- Wikispace – É um espaço onde os usuários podem compartilhar trabalhas ou conteúdo de estudos, sendo que permitido ao usuário juntar, editar e apagar o conteúdo já existente.
- Videoconferência – Aqui a proximidade das distâncias é visível. Os participantes se vêm e ouvem em tempo real. Usada para realização de reuniões/conferências.
- Forum de discussão – Espaço onde interação se dá por meio de conversa onde o que é dito/escrito pode ser direcionado ou não,e os participantes interagem escrevendo suas respostas ou novas idéias.
- Chat – Conversa em tempo real, como se todos estivessem num mesmo ambiente. A escrita utilizada é geralmente abreviada, o que põe em dúvida sua utilização e efetivação como ambiente pedagógico, tendo em vista a maneira que os usuários escrevem.

Ambientes virtuais de aprendizagem: conceitos e estratégias de comunicação
(Luciene Domenici Mozzer)
Este trabalho visa realçar a necessidade de implementação de ferramentas pedagógicas devido ao grande avanço da EAD, para tornar mais estreita a ligação e interação entre o aluo e o professor.
Formaram-se comunidades virtuais de aprendizagem para atingir os objetivos educacionais, através de novos softwares de discussões pedagógicas de fácil manuseio e controle de aulas, discussões e outras atividades virtuais.
Neste texto também há referência sobre os conceitos destes ambientes virtuais e o papel do tutor enquanto incentivador da interação entre ele e os alunos, e entre os próprios alunos.
1. Ambientes virtuais de aprendizagem colaborativa
Tem como característica a afinidade de interesses entre os participantes, proporcionando a interação de pessoas com entendimentos, pontos de vista e habilidades diferentes. Nestas comunidades tem-se a oportunidade de buscar em conjunto e com criatividade, soluções dos problemas, levando-se em conta as idéias e referencias do conjunto.
Como geralmente o convívio em comunidade pode gerar dificuldade de organização e de empenho dos membros, há que se ter um coordenador para gerir conflitos e dificuldades surgidas, para que o aproveitamento e a aprendizagem seja efetiva.
Para isto, faz-se uso de estratégicas onde os membros trabalham com vista a uma meta comum, utilizando da participação ativa de todos, alunos e professores, possibilitando e promovendo o crescimento do grupo.
2. Papel do professor/aluno em ambientes virtuais de aprendizagem
“Função do professor, na modalidade EAD, segundo Belloni (2006)
· professor formador: orienta o estudo e a aprendizagem; corresponde á função pedagógica do professor no ensino presencial;
· professor pesquisador: pesquisa e atualiza, refletindo sua prática;
· professor tutor: orienta seus alunos nos estudos de acordo com as disciplinas de sua responsabilidade;
· professor tecnológico educacional: responsável pela organização pedagógica de conteúdos e adequação dos mesmos aos suportes técnicos;
· professor recurso: presta apoio e ao tutor nas respostas e dúvidas durante a disciplina;
· professor monitor: coordena e orienta os alunos nas atividades presenciais.”
A partir destes conceitos vemos que o papel do professor tutor é bastante amplo, é um gestor de informações e o aluno é o gestor de sua aprendizagem, é um aprendiz autônomo, que vai buscar o seu crescimento sob a orientação do tutor.
3. A importância de motivar o aluno na EAD
“ Para a psicanálise freudiana, a motivação tem seus princípios em seis pontos.
Destacamos alguns:
· Todo comportamento é motivador;
· A motivação persiste ao longo da vida;
· Os motivos verdadeiramente atuantes serão inconscientes;
· A motivação se expressa através da tensão. ”
O professor do processe EAD deve conhecer este princípios pra saber montar estratégias motivacionais.
Estando um aluno distante do ambiente educacional e conseqüentemente do professor, a motivação na EAD é fator essencial para a manutenção do interesse do aluno e satisfazer suas necessidade individuais.
Para alcançar este objetivo, devem ser implementadas estratégias motivacionais que vão auxiliar na aprendizagem, e o professor também deve se adaptar ao novo papel de motivador da auto aprendizagem, rompendo os paradigmas da educação convencional presencial.
4. Estratégias de motivação na EAD
Para vencer o desafio do EAD os tutores precisam atentar para critérios e fatores que influenciam o ingresso do aluno.
Critérios segundo Schrum e Hong (2002):
· “Acesso ás ferramentas;
· Experiências tecnológicas;
· Preferências de aprendizagem;
· Hábitos e capacidade de estudo;
· Objetivos e propósitos pré-determinados;
· Fatores de estilo de vida, que influenciam a aprendizagem;
· Características pessoais.”
Fatores segundo Lieb (1991):
“Relacionamento social
• Novos relacionamentos;
• Amizades novas;
• Necessidade de novas associações.
Bem-estar social
• Realização própria;
• Necessidade de ajudar o outro;
• Participação de trabalhos em grupo.
Desenvolvimento pessoal
• Promoção no trabalho;
• Segurança profissional;
• Adaptação às mudanças no emprego;
• Necessidade de manter Competências antigas;
• Contato com coisas novas;
• Estímulo para se livrar da rotina diária.
• Auto-estima;
• Autoconhecimento;
• Exploração de uma área de interesse pessoal.

Interesse cognitivo
• Aprender sempre;
• Buscar novos conhecimentos;
• Satisfazer um mente inquiridora;
• Estar atualizado.
Desenvolvimento profissional
• Cursos de pequena duração;
• Reciclagem dentro da área de atuação;
• Educação profissional continuada;
• Interação com informações novas dentro da área de atuação.”
N a EAD não há regras, mas pontos a serem observados e que irão nortear o tutor no processo de motivação da auto aprendizagem.
Etapas de um processo que devem ser considerados, segundo alguns autores:

Fases do Planejamento
Etapas do Planejamento
Perguntas que o tutor deverá fazer para si próprio

Preparação
Quais as necessidades dos alunos em relação a conhecimentos específicos, incentivos e confiança

Identifique a forma com que a atividade se relaciona com os materiais do curso e as questões relacionadas ao material
Como posso incentivar alunos a se envolverem no grupo?
Que atividades de preparação seriam adequadas ao grupo?
Quais as questões ou preocupações que os alunos poderão ter sobre este parte do curso.

Atividades e concepção
Defina os objetivos separados por sessão ou atividades, considerando a necessidade do aluno nesta fase.

Estabeleça objetivos específicos
Determine qual atividade melhor se adéqua aos objetivos propostos
Qual a vantagem dessa sessão para a aprendizagem?
Como responder à pergunta do aluno?
O que o aluno precisa saber nesta etapa da aprendizagem?
Qual a melhor maneira de se alcançar este objetivo?
Qual atividade melhor se adéqua ao objetivo proposto?

Estratégias de promoção
Definir a melhor estratégia a utilizar, de forma a incentivar os alunos na interação
Quais são os incentivos eficazes para os alunos?
1.Discussão , tarefas de grupo;
2.Melhoramento da aprendizagem;
3. Oportunidades de aplicação da aprendizagem.
Fonte: INED (Instituto Nacional de Educação à Distância) ”

Concluindo, a EAD aliada ao avanço das ferramentas tecnológicas é um facilitador da auto aprendizagem, tendo o tutor como gestor, organizador, promotor e incentivador, visando a superação dos obstáculos encontrados pelo aluno no seu processo de crescimento.


por Neuza Helena Guimarães Oliveira

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